
Vejam as "vontades” (porque ‘tendência’ está meio demodé, né? e a gente ainda pode ter mais um monte de vontades! hahaha!) o que a gente acha que vai rolar na vida real, e o que vai ser fácil de usar e despertará desejo.
Drapeados: pense em deuses clássicos gregos e romanos em gesso, onde artistas conseguiram traduzir movimentos fluidos nas vestimentas. As cores vão do próprio gesso ao ocre.
Esférico: volumes polidos, brilhantes. Equilíbrio. A forma e o volume são mais chamativos que as cores e o tecido – esses são subordinados aos primeiros. A sensação de acolhimento, conforto, calma. Cores pastel super claras, como o mármore.
Instintivo: a força animalesca. A estamparia dá lugar ao relevo no próprio tecido – arranhado, ousado. A cartela de cores é acinzentada, e o homem é metamorfoseado, meio bestial.
Cotidiano: ainda a proteção, agora no conforto do lar. Uma crítica da moda, a valorização de objetos do dia a dia, um básico recriado que vira único. O azul e o vinho são bem escuros, neutros.
Humanóides: os tecidos sintéticos, plásticos. A lingerie provoca de outra maneira, encontra outros caminhos, em um novo fetiche. Brilhos, reflexos, transparências, em uma cartela que vai da cor-da-pele ao vermelho. As formas humanas são revisitadas e podem despertar estranheza, mas seduzem.
Místico: introspecção e religiosidade para o mundo que vivemos. Relíquias religiosas com design contemporâneo. Misturas de crenças, valorização do simbolismo. Revisão de togas, hábitos e roupas sacras. O tecido, em cores sóbrias e neutras, são envelhecidos, restaurados..
Uniformização: peças que alongam pernas, braços, a silhueta é bem fina e comprida (calça skinny, botas?). Tecidos maleáveis e aderentes, como a lycra. Listras, estruturas contidas, tudo pelo delgado.
Totem, ritual: esquimó, os pele-vermelhas. Um tema étnico: as cores não são puras, se apagam, como o argila. Franjas, penas, amarrações, estampas primitivas e carimbadas, botas longas, arts & crafts, tatuagem. Motivos geométricos, harmonia com a natureza. Sobreposições com couro, pele, tecido felpudo, bordados.
Terracota: cerâmica no forno. Craquelados. Cores como mostarda, tijolo. O esmaltado, o quebradiço, as manchas, o tom parece "misturado na massa". E tem um toque de anos 60 nas formas, uma volta do tweed. .
Narrativas: contos de fada, duendes, animais estranhos, histórias de floresta. O tom infantil aparece na maneira de brincar com as estampas, no verde-água, o rosa, o amarelo. Divirta-se na casa da árvore! Bordados. Inspiração nesses personagens lendários do leste europeu.
Patinados: metálicos oxidados, o bronze. Verde-metal, azul-metal, dourado. Uma cara de matéria "estragada". Um veludo escuro que absorve a luz.
Baixo relevo: esculpir o tecido. Decorativo, art noveau, vestidos de época e de festa. Lembrança de Paul Poiret e em como ele trabalhava com as curvas..
Fusão corpo-matéria: o metal tem movimento: lurex, paetê. Repensar o metal, até mesmo no sportswear. Armaduras modernas, efeito de mercúrio com tecidos fluidos e cintilantes.
Robô: um novo futurismo. O robô não é aquele colorido, cheio de detalhes, mas simples, transparente, de plástico, resina. A cor é apagada, esbranquiçada. O matelassê é tecnológico, as cores incluem todos os cinzas. Para uma juventude inserida na realidade informatizada que quer participar e é politizada.
Essas tendências foram apresentadas como em um "brainstorming" na Universidade
do Vale do Itajaí - UNIVALI. No próximo post explicarei para aqueles que não sabem, o conceito de BRAINSTORM.