
Os trajes mesclavam influências de diferentes momentos históricos. As mangas em forma de balão eram renscentistas, o decote amplo no estilo do século XVII e as saias eram larguíssimas.O corpo feminino é coberto e decorado como um bibelô. A mulher é considerada o anjo da casa, escrava de uma moda rígida e formalizada. Devia mostrar-se frágil e etérea, imagem alcançada através da cintura estreitíssima, conseguida com o espartilho extremamente apertado. A natureza da sociedade sulista exigia que o homem se dedicasse às armas e as mulheres, ao lar. Elas deveriam ser figuras frágeis e dependentes e isso era reforçado pelo traje.
A heroína de “E o vento levou”, a inesquecível Scarlet Ohara, desde o início da trama demonstra uma personalidade que foge ao padrão da época. A princípio ela parece apenas uma moça mimada que se preocupa com futilidades, mas é determinada quanto a sua vida amorosa. Os figurinos dessa primeira parte da película são extremamente ornamentados, exagerados. Não faltam as crinolinas, as armações de arame abauladas que ajudavam a dar forma as saias gigantescas e ainda com babados. Durante a guerra, a realidade se modifica: os vestidos perdem o volume e ganham tecidos singelos e cores esmaecidas. Com o término do conflito, o glamour retorna, mas as saias são menos rodadas, os decotes mais altos, a mulher está mais madura e austera.
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